Desmistificar Vieira
- Textos enviados p/ benfiquistas
- 12 de jun.
- 5 min de leitura
▶ Texto enviado pelo benfiquista Jorge Silva
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Focar-me-ei num tema que, pelo menos para mim, já não devia sequer ser alvo de discórdia entre os benfiquistas. No entanto, sinto a necessidade de partilhar esta minha angústia ao ver que ainda há tantas pessoas — tantos benfiquistas — que acham que Luís Filipe Vieira foi um grande presidente. Pessoas essas que, provavelmente, até voltariam a votar nele caso o mesmo se recandidatasse à presidência do Sport Lisboa e Benfica.
Posto isto, vamos começar:
Vieira foi o senhor que decidiu alterar os estatutos para uns que simbolizaram um ataque à democracia; que instaurou esta mentalidade nos sócios de que todos os que viessem a seguir a ele seriam uns oportunistas; que foi responsável por promover as eleições mais antidemocráticas da história do clube, ao não promover debates, implementar um sistema de voto eletrónico rasca, sem auditoria, e colocar os votos físicos em carros que nunca mais foram vistos ou contados.
Foi ele que trouxe uma data de jogadores que nunca chegaram a vestir a camisola do Benfica e que, mais tarde, se provou terem dado comissões absurdas a empresários duvidosos, com ligações igualmente duvidosas a Vieira. Foi ele que andou a dizer, à boca cheia, que foi o salvador do clube, como se não houvesse nada antes da sua chegada, passando uma clara imagem de arrogância e tentando espalhar o medo entre os benfiquistas.
Foi ele que manteve relações, em nome do clube, com personagens e pseudo-agentes asquerosos como César Boaventura. Foi ele que literalmente admitiu, numa comissão de inquérito, que veio para o Benfica porque montou um esquema com outros personagens ligados ao BES com o objetivo de utilizarem o clube como um “veículo de legitimidade” e influência social para manterem relações próximas com bancos, políticos e empresários.
Foi ele que decidiu trazer de volta um treinador que andou a insultar, a provocar e a tentar sujar o nome do clube depois de sair da primeira vez. Foi ele que deixou Pinto da Costa gravar, no nosso próprio estádio, um depoimento para um documentário seu. Foi ele que desinvestiu na equipa de futebol num ano em que poderíamos ter conquistado um histórico penta, e em que o Porto já começava a entrar numa crise financeira profunda.
Foi ele que fez isso tudo.
Um presidente que, em 18 anos no clube, ganhou 7 campeonatos não é um “grande presidente” — e muito menos um salvador.
É um presidente que, se olharmos para as circunstâncias de cada um dos campeonatos que ganhou, só venceu 2 campeonatos em que os rivais também tenham sido minimamente competentes: os campeonatos de 2009/10 e de 2015/16.
É um presidente que teve a sorte de contratar um dos treinadores que revolucionou o futebol português e que, mais tarde, beneficiou da implosão do rival, que entrava em fim de ciclo com contratações sem qualquer qualidade ou critério. Essa conjuntura permitiu-nos alcançar um tetra. Mas, a partir do momento em que esse mesmo rival voltou a ter um nico de competência, Vieira voltou a tornar o clube naquilo que ele era aquando da sua chegada.
Perdemos campeonatos para o Porto do Conceição, dos Zaidus e dos Maregas. A verdade é que, sempre que o nosso rival foi minimamente competente no seu planeamento, nós muito raramente conseguimos ser bem-sucedidos ao longo desses 18 anos.
Ganhámos em 2004/05 num ano em que ninguém jogou bem. Ganhámos um campeonato em 2013/14 quando o Porto foi buscar os Licás, os Josués e os Carlos Eduardos, e o campeonato de 2014/15 foi ganho contra o Lopetegui. Não perdemos o campeonato de 2015/16 por causa de Bryan Ruiz. Voltámos a ganhar em 2016/17 porque apanhámos novamente um Porto e um Sporting completamente em colapso. E, quando surgiu a derradeira oportunidade de consolidar a hegemonia e dar uma machadada que poderia ter enterrado, principalmente, o Porto, vendeu-se a defesa toda e não se substituiu ninguém.
Esse foi o mandato de Luís Filipe Vieira
Um senhor que, para muitos, foi bom apenas porque ensinou os sócios a nivelarem por baixo. Que iniciou esta cultura derrotista e do mal menor. Que nos fez ter medo de querer ser felizes e de mudar. Que nos fez achar que ganhar 7 campeonatos em 18 anos era “muito bom” só porque, nos 10 anos anteriores, não tínhamos ganho nenhum. Que contribuiu para que os benfiquistas se esquecessem daquilo que era o Benfica antes de 1994/95 e apenas os fez lembrar dos 10 anos anteriores à sua chegada.
Isto não é um presidente em condições.
É um senhor que sempre esteve lá pelo poder. Um senhor que provavelmente nunca soube que, ao longo da história do clube, vários presidentes que foram bem-sucedidos saíram por vontade própria, porque acreditavam que o clube só poderia progredir com sangue novo, com vontade de mudar, de inovar e de evoluir com pessoas novas.
Este senhor ter estado 18 anos na presidência do nosso clube só prova que se agarrou ao lugar, se apoderou dele e se comportou como se fosse o dono do clube. E não é. Nunca será. E a história, a partir deste ano, vai encarregar-se de provar que tudo o que ele trouxe de bom para o Benfica poderia ter sido alcançado por qualquer outro presidente minimamente competente e com verdadeira vontade de ajudar o clube.
Um presidente competente e genuinamente interessado no futuro do Benfica teria conseguido tudo o que Vieira conseguiu — e muito mais. Porque teria aquilo que Vieira nunca teve: benfiquismo, vontade de aproximar os sócios do clube e liberdade face a interesses pessoais e obscuros que o puxavam para trás.
Se Vieira conseguiu isso tudo com o Benfica, só posso imaginar o que poderia ter sido feito por alguém verdadeiramente comprometido com os interesses do clube acima de tudo.
E falo disto tudo porque Vieira ainda está dentro do Benfica. Ainda há uma direção dentro do clube cujos interesses pessoais se sobrepõem completamente aos interesses dos sócios do Sport Lisboa e Benfica. E os sócios têm que chegar a outubro e cortar de vez as relações com esta direção e com este "reinado" que, pelo menos para mim, piorou muito mais o Benfica do que o melhorou.
Não falo de títulos. Falo de valores, de exigência, de benfiquismo, de mística, de compromisso e de união. Hoje temos um Benfica sem nada disso. E isso eu nunca perdoarei a Luís Filipe Vieira. Vale muito mais do que títulos, porque sei que, se o Benfica conseguir ter tudo isso, os títulos virão naturalmente.
Em 2025, temos que virar esta página de vez. Tem que ser este ano. Tem que ser.
E só espero que, finalmente, tenhamos a verdadeira oportunidade de presenciar o que é o verdadeiro Benfica, do qual os nossos avós e bisavós nos contaram.
VIVA AO SPORT LISBOA E BENFICA!
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