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História não basta: Ainda há bibliotecas para escrever




Encontro-me neste dia com muita vontade de escrever este texto, porque valorizo e agradeço tudo o que acontece na minha vida, e a noite de domingo não podia ficar de fora. A caminho do Estádio da Luz, entusiasmado para ver um dos jogos mais importantes da época — um jogo decisivo para a equipa — o carro começou a tossir na entrada para a ponte. Naquele momento, pensei que tudo tinha ido por água abaixo, que não ia ver um dos jogos mais eletrizantes do ano. Mas uma força superior apareceu. Numa falha do carro que obrigava o motor a parar, o mesmo conseguiu chegar ao Colombo. Estava escrito. Estava escrito que tínhamos de viver aquela experiência incrível. Um 4-1 contra o nosso maior rival. Um resultado que até podia ter sido maior, dada a superioridade do Glorioso. Um coletivo movido a inteligência e tática, também conhecido por LageBall, mas também com garra, emoção, Raça, Querer e Ambição. Sentimentos que passaram para a bancada onde eu me encontrava.


Depois deste misto de sentimentos incríveis, chego ao carro, e ele não funciona. Não conseguia sair do Colombo. O que ainda alimenta mais a minha crença de que foi mesmo uma força superior que olhou por nós ali. Gosto de pensar que foi uma força encarnada.


Acabámos a noite a pedir o reboque e a ir para casa de táxi. Mas o sentimento era o mesmo: o sentimento de orgulho, o sentimento de felicidade. Horas à espera do reboque, com carros a passar por nós a gritar pelo Benfica. Foram as horas mais rápidas da minha vida.


Depois desta vitória histórica, vi muitas pessoas a falar sobre a história do Benfica e como este resultado honrava a mesma. Concordo plenamente, mas gostaria de dizer algo com o objetivo de mostrar a realidade. Não está tudo bem, assim como não está tudo mal. Sinto atualmente que os benfiquistas utilizam muito a história do clube para justificar a superioridade perante os rivais, e isso não é errado, mas não é totalmente certo. O que fizemos está escrito, mas a importância que se dá ao passado também deve ser dada ao presente e ao futuro. Se olharmos para o nosso histórico de jogos contra o Porto na Luz, não é bonito. É preciso ambição para mudar isso, ambição como a que tivemos no domingo. Ainda há bibliotecas para escrever. A história não é uma justificação, mas sim um legado. Um legado que qualquer jogador que vista o manto sagrado tem ao peito. É uma aura diferente, uma mística diferente, um sentimento diferente. Mas isto é um efeito dominó: se fazemos história, o legado torna-se maior; se o legado se torna maior, o sentimento é mais intenso; e, se o sentimento é mais intenso, estamos mais perto da vitória. Cabe a nós fazer cair o dominó. Cabe a nós escrever os livros. Somos os autores da nossa própria história, e essa história é o Benfica.


Saudações Benfiquistas.


▶ Texto enviado pelo benfiquista André Lima.


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NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.

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IMPRONUNCIÁVEL
11 nov

LUZ QUE ALIENA. Os ‘resultados’ são a luz que entediebra a razão, oculta a verdade, e engana a realidade. Este ‘resultado’ (4-1 ao fcPorto) não altera a decadência desportiva e económica dos últimos 3 anos. Não altera a falta de rumo e de Projecto. Não altera a falta de competência de RuiCosta&Direção para gerirem o Benfica.

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MCMIV

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