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O Amor

A cidade está deserta E alguém escreveu o teu nome em toda a parte Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas Em todo o lado essa palavra Repetida ao expoente da loucura Ora amarga, ora doce Pra nos lembrar que o amor é uma doença Quando nele julgamos ver a nossa cura.


Manel Cruz escreveu estas letras para uma das músicas mais famosas dos Ornatos Violeta, que teve na voz de Vítor Espadinha o complemento necessário para um dos hits da música portuguesa dos recentes anos.

Curiosamente, nenhum dos intervenientes é adepto ou sócio do Benfica, e conseguiram desta forma transformar o que representa o Benfica para os seus adeptos e sócios.

Não é uma coisa vã de se explicar, nem de descrever. É um sentimento único, ímpar, assente nas ações e valores que nos passam sobre o que é o sofrimento, a força de vencer e o modo de ser benfiquista.

É o sentimento de vitória, de feitos inigualáveis, de jogos e jogadores que ficam na memória por dias, noites, golos, defesas e imagens sem fim que nos deliciaram e deliciam, mesmo depois de voltarmos a recordar ou a ver.

Camané e Mário Laginha cantam e tocam que “Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer, é um não querer mais que bem querer, é solitário andar por entre a gente, é nunca contentar-se de contente, é cuidar que se ganha em se perder”.

É tudo isto! Isto e muito mais. E é de noites como a de hoje, em Anfield, no estádio do Liverpool, que nos lembramos que o Benfica é isto e muito mais. São os cânticos que rivalizam com a bancada KOP, é a força que embala as camisolas berrantes quando o jogo não está de feição, é a singularidade do clube de massas, gigante adormecido que necessita de um arrebito deste género para explodir a paixão imensa que tem guardada em muitos corações.

O Benfica é Amor! É inexplicável! É único!

E mesmo quando o tentam espezinhar, como têm feito, há sempre alguém que estende a mão para o agarrar e não se deixar ir mais abaixo.

As histórias de amor são assim mesmo. Com os seus altos e com os seus baixos, mas a sensação de amar é essa mesma: única, bela, intemporal. E com isso, nós nunca nos podemos queixar. Apenas exigir e amar.


Viva o Benfica, o Amor da minha vida!


▶ Texto enviado pelo benfiquista João Silva.


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NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.

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