O Comunicado
- Textos enviados p/ benfiquistas

- 13 de jul.
- 2 min de leitura
▶ Texto enviado pelo benfiquista João Hartley
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O comunicado do Sport Lisboa e Benfica a propósito da arbitragem da final da Taça de Portugal suscitou, como seria de esperar, reações. Algumas legítimas, outras puramente oportunistas. Entre as mais cínicas está a narrativa de que se trata de um texto “eleitoralista”, feito apenas para manter Rui Costa na presidência após outubro de 2025. Nada mais conveniente — e desonesto — do que atacar o mensageiro para evitar encarar a mensagem.
Vamos aos factos. O comunicado do Benfica não nasceu do nada. Nasceu de factos reconhecidos, sem margem para dúvidas, erros gravíssimos da equipa de arbitragem liderada por Godinho e por Tiago Martins, com impacto direto no resultado da final da Taça. O Benfica foi lesado — e perdeu um título. Isto não é interpretação. É constatação.
Reduzir esta reação institucional a uma jogada eleitoral é insultar a inteligência dos adeptos, e relativizar a gravidade de um erro que manchou a integridade da competição. Se é “eleitoralista” exigir consequências para árbitros que, segundo a própria estrutura que os tutela, falharam de forma determinante, então sejamos todos “eleitoralistas”. De preferência com voz firme, como fez o Benfica.
A crítica fácil vem ainda acompanhada de uma ideia delirante: “Se não tivesse havido o 1-1, haveria comunicado?” Como se o impacto de um erro deixasse de existir porque o resultado foi favorável. O que está em causa não é um golo ou uma jogada isolada. É o valor da verdade desportiva, que não pode ser posta entre parêntesis só porque se suspeita de cálculo político.
O comunicado foi tudo menos vago. Fez perguntas concretas, exigiu respostas.
Estas não são questões de campanha. São exigências de um clube que foi lesado e que se recusa a normalizar o erro. O Benfica tem o dever de falar, de pressionar, de levar o caso até às últimas instâncias. E é bom que o faça. O contrário seria uma traição ao seu próprio estatuto, à sua história e aos seus sócios.
A narrativa do “eleitoralismo” é mais do que desonesta. É cúmplice de uma mentalidade doente, que prefere silenciar o incómodo a corrigir o que está mal. Atacar o Benfica por exercer o seu direito — e obrigação — de se defender, é querer um clube domesticado, servil, decorativo. E esse Benfica, não contem comigo para o legitimar. Andam há tantos anos a defender esta ideia e agora fazem precisamente o contrário? Porventura, o eleitoralismo estará aí mesmo.





o eleitoralismo existe não porque os factos existiram, porque existiram, mas porque factos como este existiram varios ao longo desta epoca, e de epocas anteriores, e este presidente esteve sempre calado, e por isso conivente, isto para não falar de ter apoiado quem nos tem prejudicado.
agora que viu o lugar apertado é que se lembro que andamos a ser prejudicados, e agora é que se lembro de bater na mesa em relação à centralização dos direitos televisivos ou reformular uma estrutura amorfa.