Não é nenhuma piadola de mau gosto: há mesmo benfiquistas que torcem contra Bruno Lage. Por não simpatizarem com Rui Costa. Que sentem vergonha do esbracejar do nosso treinador quando puxa pelo estádio. Que não se reveem numa única opção que ele tome, seja ela qual for, tenha ela o impacto que tiver. Que não fazem coexistir numa frase o seu nome e algum tipo de elogio. Repito: por não simpatizarem com Rui Costa.
Bruno Lage, que já levou o Benfica a conquistas memoráveis e tem conseguido extrair o melhor de uma equipa que encontrou em cacos, não tem contado com o apoio de todos os benfiquistas. Já lá vão quatro jogos. Três deles num intervalo de nove dias. Quatro vitórias, catorze golos marcados, algumas goleadas. Uma vitória fora de portas para a Champions League. Um grande incremento na união entre os adeptos e a equipa. Um espírito de grupo como há muito não se via. Mas não chega — arranjam sempre qualquer coisa: Tomás Araújo como lateral, Di Maria demasiado tempo em campo, Otamendi a titular, um comentário menos conseguido na CI. Qual-quer coi-sa. Estão munidos de um leque de críticas sem fim. Ou de um saco maléfico eternamente cheio.
Vamos ao último caso: Bruno Lage pediu a um jornalista que tratasse Rui Costa, o Presidente do Benfica, por Presidente — e não por Rui Costa. O jornalista provocou uma discussão ao recusar a forma de tratamento sugerida por Lage. Se Bruno Lage não insistisse, seria acusado de mansidão. Como insistiu, foi tomado como um lacaio da presidência, alguém que nada mais quer senão atenção. Isto é: Bruno Lage, após ter pedido a um jornalista que recorresse à forma de tratamento mais adequada para mencionar um presidente, auto-condenou-se a uma enxurrada de comentários desagradáveis. Na ótica de alguns, apenas lhe sobraram opções eticamente condenáveis. Ficou encurralado entre a espada e… a espada.
Amigos, compreendam que o cu nada tem que ver com as calças. Que Bruno Lage não é Rui Costa e que Rui Costa não é o Benfica. Que Rui Costa pode não satisfazer as vossas exigências sem que Bruno Lage tenha de ser vítima por inerência. Que o sucesso de Bruno Lage não inibe a mudança de direção. E que podemos ter o melhor dos dois mundos sem nos darmos à triste figura de torcermos contra um dos nossos.
“Separar o trigo do joio” - a maioria dos leitores conhecerá a expressão. Lamento que sobre para mim a tarefa de alertar para a grande percentagem de benfiquistas que ignora o seu significado.
Que venha hoje a quinta vitória da “Lageball v.2”.
▶ Texto enviado pelo benfiquista Gil Lourenço Ferreira
Queres publicar um texto no nosso site? Envia por email ou pelo formulário do site.
NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.
Benfiquista atento, espero que faça parte da maioria.
a 1 Benfica antes de Thomas e depois,
Nene foi assobiado, por um lance, mas Thomss era no anúncio da equipa,O pior que virou regra , Lembro do Beto que cada vez que tocava na bola era um pesadelo, até marcar um golo enorme ao MU, no auge destes,aí cada bosta que fazia era aplaudido, depois chegou as redes sociais com as novas vedetas do benfica , alguém do meu tempo sabia que era um tal de picado , um Engrácia, um Pedro Nuno , um sueco e afins?Claro que não, só sabíamos do tal do Magunson , do Carlos Manuel do Pietra ou Humberto Coelho. Os tempos mudaram ...