Tão longe… e agora está quase!!!
- Textos enviados p/ benfiquistas
- há 4 horas
- 2 min de leitura
▶ Texto enviado pelo benfiquista Tiago Adagas
Queres publicar um texto no nosso site? Envia por email ou pelo formulário do site.
NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.

Se me perguntassem, ao longo da época, se ainda acreditava, provavelmente diria que não. Ou então que sim, mas com aquele tom de quem já só espera o pior. Com aquele pensamento tão nosso, benfiquista, de que, quando tudo pode correr bem… vai acabar por correr mal.
Houve noites em que fui dormir a remoer. Dias em que o corpo estava no trabalho, mas a cabeça continuava no VAR, no poste, na substituição tardia… no que ficou por fazer. Houve jogos em que gritámos até ficar sem voz e outros em que nem sabíamos o que dizer. Este título parecia longe. Longe demais.
Mas agora… agora está ali. A um jogo. Um jogo que nos pode levar ao céu ou ao inferno em 90 minutos. Esta é a nossa sina, a nossa doença, o ciclo vicioso de alegria e frustração que só nós conseguimos compreender.
E é isso que me consome por dentro: esta ansiedade, esta esperança teimosa, esta vontade de acreditar — outra vez. Porque, apesar de tudo, ainda estamos aqui. E estamos vivos.
Ontem, disse à minha filha que estava nervoso e ansioso com o jogo. Ela olhou para mim e, com a leveza de quem acredita sem hesitar, respondeu: "Estou hiper mega confiante de que o Benfica vai ganhar por 10-5! E, na segunda-feira, vou levar a camisola do Benfica para a escola!"
Gostava de ter essa ingenuidade. Esse otimismo puro. Essa fé sem cicatrizes. Mas, pensando bem… ela até pode ter razão. Porque, para o Benfica, não existem impossíveis.
No sábado, estamos todos convocados. Nas bancadas, no sofá, no centro de estágios, nas casas do Benfica, em Portugal ou no estrangeiro, num café ou junto a um rádio velho qualquer — temos de ser Benfica.
Esquecer o que correu mal, esquecer se joga o jogador X ou Y, esquecer as desavenças, os assobios, os fantasmas. Pois é hora de apoiar. De mostrar aos jogadores que eles não são os únicos a querer ser campeões.
Nós também queremos. E queremos muito. Que no sábado se sinta o verdadeiro Inferno da Luz.