25 de Outubro, a data que nos interessa a todos
- Textos enviados p/ benfiquistas
- 16 de jun.
- 2 min de leitura
▶ Texto enviado pelo benfiquista Bernardo Quialheiro
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NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.

Os meus míseros 3 votos vão para João Diogo Manteigas. Porque acredito na sua capacidade, na sua preparação, na sua coragem para enfrentar o que aí vem. Porque o ouvi, li e observei — e vi ali muito do Benfica que aprendi a amar: combativo, íntegro, sério.
Mas também sou benfiquista. E por isso digo, com a mesma convicção, que não me incomoda a hipótese de ser João Noronha Lopes o próximo presidente do Sport Lisboa e Benfica. Porque, mais importante do que a minha preferência pessoal, está o que verdadeiramente importa: o fim da resignação, da opacidade, da cultura de silêncio e conformismo que se entranhou no clube.
O Benfica precisa de mudar. Precisa de o fazer com urgência, sem hesitações e sem mais voltas. Precisa de devolver a palavra aos sócios, de reconquistar a sua identidade, de romper com o ciclo que nos trouxe até aqui. E essa mudança, sejamos justos, pode vir de mais do que um lado.
É por isso que me custa ver duas alternativas sérias a desperdiçarem energia a medir forças entre si. Custa ver a construção de pontes ser substituída por insinuações veladas. Não é altura de sermos cínicos. Também não é altura de esquecermos o passado — aquela noite eleitoral continua aqui atravessada —, mas é tempo de não deixar que essa noite nos divida mais do que já dividiu.
Não é justo que se atire ao chão o trabalho de quem preparou uma candidatura de forma sólida e convicta. Mas também não é justo ignorar o que representa o regresso de João Noronha Lopes — e o símbolo que carrega para tantos benfiquistas que já não aguentam mais este estado de coisas. Temos de ser maiores do que isto. O inimigo não está no outro lado da oposição. Está no marasmo. No compadrio. No vazio de ideias e de liderança. Está no vieirismo, que sobrevive à custa da nossa divisão.
A verdade é esta: seja qual for a escolha dos sócios no dia 25 de outubro, o Benfica tem condições para sair a ganhar. Desde que a escolha recaia em quem quer, de facto, romper com tudo o que nos trouxe até esta estagnação. Desde que se faça com clareza, com consciência e com respeito.
Porque essa é a nossa responsabilidade: fazer deste ato eleitoral um ponto de viragem. Uma data que nos una, e não que nos separe. Uma data que se inscreva na história como o dia em que os benfiquistas disseram “basta” — e escolheram ser donos do seu clube outra vez.
E é por isso que, mesmo sendo eleitor de João Diogo Manteigas, estarei de alma tranquila se for João Noronha Lopes a vencer. Porque saberei que, finalmente, o Benfica voltará a ser dos benfiquistas. 25 de outubro não é o dia de uma candidatura. É o dia de todos nós.
Se há fé no Ventura que foi braço direito do Vieira porque não há-de haver fé no original?
Excelente texto. Partilho por completo o sentimento, embora - para já - esteja do outro lado da estrada: inclinado para votar Noronha Lopes (outra vez), mas aceitando de bom grado e com um sorriso Diogo Manteigas.
Espero que as duas campanhas sejam Positivas. Que promovam uma onda suficiente para, numa 2a volta, se unirem e protagonizar a mudança que tanto desejamos, precisamos e merecemos.
Ou, num cenário difícil, mas possível… que vão as duas à segunda volta e vença a melhor.
Rui Costa, nunca mais. Vieira, nunca mais.
Mudança. Fim dos esqueletos no armário. Fim da resignação, da gestão ao pontapé, da formação sem retorno desportivo, do esbanjar de dinheiro em decisões sem nexo.
Caro Bernardo, o texto é bom mas fica aquém do necessário! Que a possibilidade de segunda volta, não sirva como desculpa para os candidatos não assumirem as suas responsabilidades. O momento é histórico, o BENFICA como o conhecemos e amamos está a definhar, em riscos de acabar. Não é tempo de calculismos, taticismos ou legitimações eleitorais espurias em busca de uma satisfação egocêntrica, alimentada pela bolha das redes sociais. Este é o tempo do BENFICA e esse tempo é na primeira volta. De imediato, sem contemplações pelo BENFICA.Quem não entender que poderá que ter de morrer em prol do BENFIQUISMO, que arda no Inferno Vierista com o peso dessa responsabilidade e na companhia daqueles que aqui nos trouxeram.
Saudações benfiquistas