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Abdicar de nada. Nunca!

Começo a minha aventura no Benfica Independente com uma velha questão. Deve o nosso Glorioso abdicar da Liga Europa? Deverá ser a #Reconquista o principal objectivo? E onde fica a Taça de Portugal?


Não vou conseguir esconder a minha desilusão se abdicarmos de um, ou dois, dos três títulos que estão em disputa, mas também não sou hipócrita: o principal objectivo deve ser o campeonato, sem dúvida. Quero, em primeiro lugar, que o Benfica seja dono e senhor deste jardim. Nesta equação incluo também a Taça, ainda para mais quando estamos tão próximos do Jamor.


Posto isto, uma equipa com a grandeza do Benfica não pode abdicar nunca de ser cada vez maior e melhor, ou seja, deve encarar as competições onde está inserida sempre com o intuito de chegar o mais longe possível. Para que isso possa acontecer, a época deve ser preparada com esse objectivo em mente. Todos concordamos que isso não aconteceu esta temporada. Actualmente temos um plantel curto, cansado e com alguns jogadores no limite. Nesse aspecto, o trabalho que tem sido desenvolvido pela nova equipa técnica, nomeadamente na recuperação física, é de louvar. Se no defeso for construída uma equipa a pensar em todas as competições e se a mentalidade de dirigentes, treinadores e jogadores for a de, jogo a jogo, ganhar, ganhar, ganhar, não vejo por que não possamos ir longe.


Ilustro esta situação com o exemplo do Atl. Madrid, que em 2013/2014 foi campeão e chegou à final, na nossa Luz, da Liga dos Campeões, e por pouco não a ganhou. Os de Simeone tinham uma boa equipa, claro, mas não tinham uma super-equipa. Chegaram longe devido à mentalidade incutida no clube, especialmente pelo timoneiro argentino.


Bem, não me quero perder. Com tudo isto quero dizer que o Benfica deve apostar as fichas no campeonato e na Taça, mas deve deixar algumas (muitas) de parte para a Liga Europa. Engana-se quem pensa que o Frankfurt é um adversário acessível. Preferia ter apanhado o Chelsea ou o Arsenal, mas creio que temos uma excelente hipótese de, mais uma vez, chegarmos longe no torneio, se tivermos a mentalidade certa.


Agora, frente aos alemães, até pode jogar uma equipa menos rodada, mas estou-me bem a lixar para isso. Se os jogadores que entrarem tiverem a atitude certa, a vitória e a passagem são possíveis. Só não podemos entrar em campo como o fizemos em Zagreb. Displicência não se aceita num clube como o Benfica.


Este ano temos outro bom exemplo: o Ajax. São equipas como o Benfica, os holandeses e outras que podem devolver o futebol aos adeptos. Com trabalho e dedicação não é impossível a estas equipas regressarem às conquistas europeias.


Que entremos em campo sempre com vontade de vencer o adversário que está à nossa frente e não o que vem depois.

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