O momento da viragem
O Sport Lisboa e Benfica teve, ao longo dos seus 116 anos de existência, 33 presidentes de direção. Se alguma coisa estes números nos dizem é que, primeiro, o clube não gosta particularmente de longos reinados e, segundo, a grande força do Benfica é o seu sentido democrático de mudar quando as coisas não estão bem. Neste momento, vivemos o maior reinado na presidência do clube, sendo que é unanimemente reconhecido que o atual presidente se encontra em fim de ciclo. Não só pelos péssimos resultados desportivos recentes, pela não aposta na Europa (um “crime” para um clube como o Benfica) mas, principalmente, pelo rol de embrulhadas judiciais em que este envolveu o clube. Os benfiquistas não perdoam este tipo de comportamentos!
Se por um lado os benfiquistas percebem que está na hora de mudar, por outro receiam - e bem - os perigos do aventureirismo de um presidente inexperiente e sem pulso para o panorama do futebol português que, acrescente-se, goste-se ou não, é o panorama onde o clube se encontra. E não faltam exemplos nacionais e internacionais de como os perigos dessa falta de experiência acabam por penalizar e agudizar momentos menos bons de um clube. Neste momento perfilam-se vários candidatos à presidência e os benfiquistas, na sua ponderação e reflexão, têm que ter presente duas coisas: - primeiro, perceber aqueles que primeiro denunciaram o estado de coisas e não esperaram esta “crise” para aparecerem; - segundo, perceber qual o candidato que melhor programa apresenta, que melhor equipa o acompanha, mas acima de tudo quem reúne as condições para se apresentar como uma figura que congregue credibilidade, seriedade e competência, com um lado mais experiente no mundo do futebol português, com paixão desmedida pelo clube, com ambição cega pelas vitórias, sem qualquer receio de enfrentar os rivais, sem medo, sem vícios e sem interesses que o possam condicionar nessa ação.
Cabe aos sócios do Benfica refletirem sobre estas premissas até ao dia 28. Mas também na história do clube, na imagem que querem do Benfica e, acima de tudo, na ambição desportiva, que tem de ser o principal foco do clube. A glória é eterna, mas acima de tudo o Benfica é nosso, é dos sócios e simpatizantes de todo o país que querem um projeto ambicioso, uma mudança segura tendo por base um programa sólido e concreto com um rosto com provas dadas. Por tudo isso eu apoio com toda a convicção o Rui Gomes da Silva.
▶ Texto enviado pelo benfiquista Rui Vilar Gomes.
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