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Quo vadis, Benfica? Quo vadis, caros Consócios?

▶ Texto enviado pelo benfiquista João Santos 


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NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.


Dia 14 de junho de 2024. Dia marcante na minha vida enquanto Sócio do Sport Lisboa e Benfica.


Dia de entusiasmo.

De início de discussão de Revisão Estatutária pela manhã.

De discussão acalorada do Clube pela tarde.


Dia de muito Benfiquismo.

Mas um dia marcante para mim.


Em jeito de ato de contrição, posso dizer que a minha vida associativa participativa começou tarde. Demasiado tarde. Muito me penitencio por isso, mas o que há a fazer é empregar a paixão em corrigir essa falha.

Demasiado tarde me deu o click necessário para entender o motivo pelo qual o Benfica era especial. Mas lá iremos.


Dia 15 de junho de 2024. Dia em que saí rouco de uma Assembleia Geral. Pelo frio, sim.

Mas pelos muitos gritos de demissão que entoei, tal como outros Consócios.


Muitos poderão dizer que foi falta de respeito.

Eu discordo. A barreira entre o demonstrar do descontentamento e a falta de respeito esbate-se demasiado quando o nosso interlocutor está mais interessado em criar cortinas de fumo, mandar-nos areia para os olhos e mentir-nos na nossa cara.


Mas o que me fica dessa Assembleia Geral é ter visto mais energia, mesmo a horas tardias, do Presidente Eleito do Sport Lisboa e Benfica na defesa de um cancro chamado Nuno Costa do que na defesa do Clube, em exercício do cargo para o qual foi eleito, durante todo o seu mandato.

Quase um ano depois, essa constatação continua atual.


Aí quebrou-se um elo emocional. A partir daí, por muito que eu queira que o Benfica ganhe sempre que entra em campo em qualquer modalidade em qualquer género, Valores mais altos se levantam.

Porque nada está acima do Sport Lisboa e Benfica. É fundamental recuperar o Clube.


Está confuso o leitor ao ler as minhas palavras? É natural.

Desde aí também me sinto confuso.

Na verdade, tornou o digerir das naturais derrotas desta época muito mais fácil. Mas também torna tudo mais penoso.

Porque me falta algo. Falta-me ir para um jogo, seja ele qual for, e sentir emoção. De entrar no Estádio, de vibrar com um golo. Falta-me isso.

Mas a Paixão não se finge.


O click que falei antes é estupidamente simples. E ao mesmo tempo francamente difícil e complexo.

Para mim, ser Benfiquista é especial porque é o Meu Clube. Meu de pertença. Meu de ser parte responsável pelo seu sucesso ou insucesso. Meu de ser minha obrigação de zelar pelo seu bom nome, pelo seu prestígio, pelo seu legado deixado às próximas gerações.

O Benfica é Meu. É Nosso. É dos Sócios.


Mas a reflexão que me vai na alma é a seguinte:

Quo vadis, Benfica? Quo vadis, caros Consócios?


Que Clube queremos? Qual o legado que queremos deixar? Qual o prestígio que restará quando nos juntarmos aos Ases do Passado no 4º Anel?


Estamos a fazer o nosso papel? Estamos a fazê-lo bem?

Estamos a ajudar a educar bem os nossos Consócios?


Depois da Final perdida no Jamor, vejo com naturalidade, e bem porque também faz parte, o sentimentalismo dos convívios, o declarar de orgulho no Clube.


A minha opinião se calhar é para muitos chocante. Mas não é tempo para isso.

É tempo de Call to Arms. Em que as nossas armas são a voz e o voto.

É tempo de pegarmos no nosso Poder, de Donos do Clube, e tomar as rédeas.


Ao contrário de muitas pessoas, de muitos Consócios, este Benfica não me orgulha.

Este Benfica envergonha-me. Podemos enterrar a cabeça na areia e achar que "o" Benfica não é "este" Benfica. Mas é. É o único que há.


E é responsabilidade nossa. O Clube está no estado em que está por responsabilidade direta dos seus Sócios.

(Ainda) temos a oportunidade de mudar o rumo. Um rumo que dura há 30 anos. De nepotismo. De roubo. De incompetência atroz.


A Assembleia Geral de junho (dia 7) está a chegar. Assim como Outubro.

Fica novamente a pergunta: estamos a fazer tudo o que podemos?

Individualmente ao leitor que tenha chegado até ao final, está a fazer tudo o que pode para tornar o Clube num Clube melhor, à imagem do seu historial?


Quo vadis, caros Consócios?

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