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Foto do escritorLuís Francisco Prates

Grupo do Benfica na Liga Europa é difícil, mas poderia ser pior



Depois do vexame contra o PAOK na fase prévia da Liga dos Campeões, chegou a hora do Sport Lisboa e Benfica juntar os cacos a nível continental. Nesta quinta-feira (22), na estreia pela fase de grupos da Liga Europa, para onde foi transferido devido à eliminação precoce na Champions League, o Clube do Povo protagonizou um jogo bastante movimentado. Os Encarnados suaram bastante em território polonês, mas venceram o Lech Poznań por 4 a 2, com três gols de Darwin Núñez e um gol de Pizzi, e levaram os três pontos na bagagem.


A partida no Estádio Municipal de Poznań sinalizou que, mesmo sendo o clube mais expressivo e, naturalmente, o favorito à liderança do Grupo D da Europa League, o Benfica não pode relaxar de forma alguma. Ainda que tenha investido em contratações relevantes na janela de transferências, o Glorioso precisa ajustar o seu sistema defensivo. Além disso, os concorrentes do grupo têm potencial para incomodar os comandados de Jorge Jesus. Não à toa, o Lech chegou ao empate duas vezes no duelo com o Maior de Portugal. Não podemos depender sempre de noites inspiradas de jogadores talentosos como Darwin (o herói do jogo desta noite), Everton ou Waldschmidt. O coletivo deve vir em primeiro lugar, sempre.


Adversário dos benfiquistas na estreia e dono de sete títulos da Ekstraklasa, o Lech Poznań é o atual vice-campeão da Polônia. A equipe treinada pelo polonês Dariusz Żuraw eliminou Valmiera (Letônia), Hammarby (Suécia), Apollon Limassol (Chipre) e Charleroi (Bélgica) para chegar à fase de grupos da UEL. Um dos seus melhores jogadores é o atacante sueco de ascendência assíria Mikael Ishak, que infernizou a defesa encarnada e anotou os dois gols dos Kolejorz. Outros destaques são o goleiro polonês Filip Bednarek, o lateral-esquerdo polonês Tymoteusz Puchacz, o meia polonês Jakub Moder (emprestado pelo Brighton, da Inglaterra), o meia português Pedro Tiba, o meia espanhol Dani Ramirez e o ponta-esquerda tcheco Jan Sykora, além do zagueiro norueguês e capitão Thomas Rogne, que não enfrentou o SLB por estar lesionado.


Próximo oponente do Benfica e 10 vezes campeão da Bélgica, o Standard Liège terminou a edição 2019-2020 da Jupiler Pro League na quinta colocação. Para carimbar o passaporte para os grupos da Europa League, o time comandado pelo francês Philippe Montanier precisou passar por Bala Town (Gales), Vojvodina (Sérvia) e Fehérvár (Hungria). Seus principais atletas são o goleiro belga Arnaud Bodart, o zagueiro belga e capitão Zinho Vanheusden, o lateral-direito camaronês Collins Fai, o meia belga Samuel Bastien, o meia-atacante belga naturalizado marroquino Selim Amallah, o ponta-esquerda belga Maxime Lestienne e o atacante congolês Jackson Muleka. Na estreia, os Rouches foram derrotados pelo Rangers, em casa, por 2 a 0.


Postulante a uma classificação para o mata-mata e treinado pelo ex-jogador inglês Steven Gerrard, que é ídolo do Liverpool e da seleção inglesa, o Rangers vivencia seu processo de reconstrução após a falência que o levou à quarta divisão no início da década e o obrigou a retornar ao primeiro escalão degrau por degrau. As presenças ininterruptas nas competições europeias desde o ciclo 2017-2018 fazem parte de uma nova fase do resgate do maior campeão da Escócia. Recordista mundial de títulos nacionais com 54 troféus, o clube de Glasgow quer voltar a se sagrar campeão escocês, fato que não acontece desde 2010-2011. Foi vice-campeão nas últimas duas temporadas.


Dentre os destaques dos Gers estão o goleiro escocês Allan McGregor, o zagueiro inglês Connor Goldson, o lateral-direito inglês e capitão James Tavernier (autor do primeiro gol da vitória em Liège), o lateral-esquerdo croata Borna Barisic, o meia escocês naturalizado canadense Scott Arfield, o meia turco naturalizado romeno Ianis Hagi, o atacante belga Kemar Roofe (autor do segundo gol da vitória em Liège) e o atacante colombiano Alfredo Morelos. Nas fases preliminares, os Light Blues despacharam Lincoln Red Imps (Gibraltar), Willem II (Países Baixos) e Galatasaray (Turquia).


Por outro lado, venhamos e convenhamos: embora o grupo não seja moleza, o sorteio poderia reservar ao Benfica um cenário ainda mais difícil. O Pote 2, de onde veio o Standard Liège, tinha Leicester (Inglaterra), Real Sociedad (Espanha), Estrela Vermelha (Sérvia) e Qarabag (Azerbaijão, sinônimo de viagem longa). Já o Pote 3, onde estava o Rangers, contava com Milan (Itália), Feyenoord (Países Baixos), AZ (Países Baixos), Hoffenheim (Alemanha), Hapoel Be'er Sheva (Israel, sinônimo de viagem longa) e Maccabi Tel Aviv (também de Israel). Por fim, o Pote 4, origem do Lech Poznań, reunia Nice (França), Lille (França), Sivasspor (Turquia, sinônimo de viagem longa) e Omonia (Chipre, sinônimo de viagem longa).


A Liga Europa não tem o mesmo prestígio da Liga dos Campeões, mas deve ser levada a sério. A competitividade faz parte do caminho rumo ao topo. E é assim, pensando jogo a jogo e mirando a taça, que o Sport Lisboa e Benfica deve seguir em frente.


Foto: João Paulo Trindade/SL Benfica

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