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Rio Ave 0 – 3 Benfica: Alta rotação em Vila do Conde

O Benfica entrou para a 4ª jornada do campeonato sabendo que podia alargar para 5 pontos a vantagem sobre o seu maior concorrente na luta do título. Seria então de esperar que o Benfica entrasse forte, como tem sido apanágio neste início de época, e foi isso que se verificou. Pela frente tivemos o Rio Ave. É claramente uma das boas equipas do nosso campeonato, prova disso foi a excelente réplica ao AC Milan dada há poucas semanas. O estádio dos Arcos costuma ser um reduto difícil, os resultados obtidos nos últimos anos provam isso. O Rio Ave é daquelas equipas que gosta de ter a bola no pé e sabe o que fazer com ela. Porem, desta vez apanhou um Benfica muito forte na pressão.


Passando ao filme do jogo. A primeira parte foi claramente caracterizada pela alta rotação imposta pelo Benfica deixando o Rio Ave sem soluções. O golo acabou por surgir cedo num desses lances. Tenho de destacar a desmarcação do Darwin, puxando o jogo como JJ referiu há tempos em CI, e a autêntica cebolada do Everton. Que classe! Que maravilha! Ah, pelo meio apareceu um menino alemão que tem estado de pé quente tanto no Benfica como na famosa Mannschaft. O resto da primeira parte foi mais do mesmo. Destaque para os lances anulados pelo VAR. Que resultaram de ações semelhantes ao primeiro golo. Perto do fim da primeira parte, o Benfica chega ao merecido segundo golo através de uma contra-ataque lançado por Pizzi, conduzido pelo potente Darwin e finalizado com a classe do prodígio alemão Luca.


Na segunda parte o Rio Ave mostrou-se mais atrevido e melhorou ligeiramente com as substituições chegando a criar um par de boas oportunidades. Ainda assim, sentiu-se que o Benfica a qualquer momento podia matar o jogo, como de resto acabou por fazer. A equipa doseou o esforço e soube gerir a bola, mas a pressão continuou a ser feita nos momentos em que a equipa sentia que o devia fazer. O sempre desejado 3º golo ocorreu já perto do final do jogo numa boa incursão de Pizzi pela direita. Após cruzamento a bola encontrou Seferovic, que não consegue cabecear nas melhores condições. A bola acabou por sobrar para Gabriel que confirmou uma boa jogada do ataque benfiquista.





Em suma, foi um bom jogo do Benfica que se apresentou em alta rotação. Esta foi mesmo a chave do jogo, o famoso pressing que está tão em voga por estes dias. Desengane-se quem achar que pressing é correr desenfreadamente atrás dos defesas que procuram construir jogo. Isto dura 15 minutos normalmente. O Benfica foi capaz de pressionar no campo todo em grande parte jogo. Não basta correr, há que correr bem. Nota-se que a equipa está junta, os jogadores movimentam-se em bloco de forma a preencher os espaços e em muitas das vezes antecipam os movimentos de construção do adversário. Podia aqui destacar as ações de Darwin ou de Waldschmidt neste processo, contudo entendo que o mérito é sobretudo da equipa e do seu treinador. Em relação à transição defensiva, que vinha sendo a maior lacuna da equipa, nota-se uma evolução positiva. A defesa está cada vez mais subida e alinhada, confiando o controlo da profundidade a Vlachodimos. Nota-se um maior comprometimento defensivo em casos como o de Everton e do próprio Rafa, que ajudam cada vez mais o seu parceiro de ala no que toca a defender. Este jogo fez-me lembrar Famalicão, talvez pelas características semelhantes ente estes adversários. Está visto que o Benfica, nesta fase, está a dar-se bem com este tipo de equipas. O problema, estará nas equipas que jogam mais fechadas e que batem longo e direto. Temos ainda bem presente Salónica e o jogo em casa com o Farense que não encheram os olhos benfiquistas. Contudo, esta equipa está a dar boa imagem de si e todos temos noção que há espaço e condições para evoluir. Estou expectante para ver como a equipa se irá comportar a partir de agora com a entrada do ciclo de jogos europeus. Nesta época o calendário está mais apertado com os jogos europeus a jogarem-se de semana a semana. Estes 3 pontos antes de entrarmos nesta fase, podem vir a revelar-se fundamentais numa caminhada que ainda será longa para o 38.


MVP – Gabriel

Muito importante na pressão (exemplo primeiro golo). Ligou a equipa com e sem bola. Encheu o meio campo com várias recuperações de bola. Demonstrou a sua boa capacidade de passe e ainda coroou a sua exibição com um golo. Este é o Gabriel que nós gostamos. Bem fisicamente e com decisões acertadas.




Pontos Positivos:


A cebolada de Everton – Que maravilha!


A classe a finalizar do Luca bem como a sua capacidade de trabalho.


A potência do incansável Darwin, rei das assistências


A pressão coletiva.


Clean Sheet – Ao quinto jogo realizado conseguimos o segundo jogo sem sofrer golos. Numa altura em que estamos a cimentar uma nova dupla de centrais, é importante para dar confiança à equipa.

Pontos negativos:

A lesão de André Almeida


Darwin ainda em branco – Não que isto seja de facto um ponto negativo, mas nota-se que os níveis de ansiedade estão a subir. Será importante tranquilizar o jogador. O golo aparecerá naturalmente até porque ele tem feito mais que suficiente para isso. Trabalho muito para a equipa, como já referi, rei das assistências. Para mim, tem sido sem dúvida um dos melhores jogadores neste arranque de temporada.

PS: Como sabem, estamos perto de um momento de extrema importância para a vida do nosso clube. Peço-vos que analisem os vários programas e listas de forma a votarem em consciência. A democracia apela à consciência, à informação e à participação. Façam democracia, façam Benfica!

Viva o Sport Lisboa e Benfica!

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