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Rui Costa Não Está à Altura do Benfica – É Hora de Dizer Basta

▶ Texto enviado pelo benfiquista Gonçalo Mendes


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NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.



Por muito que custe a alguns, há verdades que precisam de ser ditas. Rui Costa, lenda do futebol, falhou como presidente do Sport Lisboa e Benfica. E em outubro de 2025, quatro anos depois de ter sido eleito, não pode — nem deve — recandidatar-se.

Foi com esperança que os sócios lhe confiaram a liderança, em outubro de 2021, após a detenção de Luís Filipe Vieira. Mas o Benfica estagnou, perdeu ambição e, acima de tudo, desperdiçou uma oportunidade histórica de promover uma reforma interna profunda.

 

1. Manteve o Sistema que Prometeu Mudar

Rui Costa prometeu uma nova era. Mas escolheu manter os alicerces de sempre. O clube continuou a ser gerido por estruturas herdadas do vieirismo, onde a opacidade prevalece sobre a transparência. As auditorias internas, que deveriam representar uma rutura, foram parciais e pouco conclusivas. A reforma de fundo nunca aconteceu. Rui Costa, na prática, adaptou-se ao sistema que prometera mudar.

 

2. Um Projeto Desportivo Sem Norte

Quatro anos de mandato e o Benfica continua sem um projeto desportivo estável. A rotação de treinadores, a falta de coerência na política de contratações e os milhões desperdiçados em jogadores sem impacto prático evidenciam uma clara falta de planeamento estratégico. O título nacional de 2022/23 foi importante, mas não se traduziu num ciclo de domínio. O clube continua a falhar nos momentos decisivos, com uma aura de derrota e fatalismo.

 

3. Formação Desvalorizada

A aposta no Seixal foi relegada para segundo plano. António Silva e João Neves afirmaram-se, mas são exceções que escondem o pouco aproveitamento do talento da casa. Jovens promissores foram vendidos, emprestados ou simplesmente ignorados, em favor de reforços de qualidade duvidosa. A formação serviu mais para equilibrar contas do que para construir um projeto sólido.

 

4. Um Presidente Ausente

Num clube com a dimensão e exigência do Benfica, a liderança tem de ser visível e firme. Rui Costa mostrou-se recatado, por vezes ausente, especialmente nos momentos em que os sócios exigiam respostas. A falta de comunicação eficaz afastou-o da massa adepta e gerou um vazio de liderança que se refletiu em toda a estrutura do clube.

 

5. Um Breve Momento de Glória: O Título Europeu no Andebol

É justo reconhecer um ponto positivo: a conquista da EHF European League de andebol em 2022 foi histórica — um feito inédito no panorama das modalidades do clube e do País. Mas também aqui a falta de visão estratégica ficou evidente: a equipa foi desmantelada pouco depois, sem plano de continuidade ou valorização do sucesso. Uma alegria passageira num projeto sem rumo.

 

É Tempo de Virar a Página

Rui Costa teve mais tempo e meios para fazer a diferença — e não o conseguiu. O Benfica precisa de uma liderança com visão estratégica, coragem institucional e compromisso com a modernidade e a ambição europeia. O passado como jogador não pode servir de justificação para mais um mandato falhado.


Em outubro, os sócios terão de escolher: o conforto da continuidade ou a coragem de recomeçar. Rui Costa não se deve recandidatar. Porque o Benfica precisa de mais. Precisa de futuro.

⋆ E Pluribus Unum ⋆

MCMIV

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