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É MELHOR ESTAR EM PRIMEIRO DO QUE EM SEGUNDO


Este foi o meu lema na última temporada. Ou talvez seja a constatação do óbvio. E, tal como nas assembleias anteriores, estou à vontade para vir aqui repetir o inegável, quer sejam tomates gulosos ou tipos de benfiquistas.


É melhor estar em primeiro do que em segundo” é válido para tudo no desporto (menos para a administração de alguns clubes que assim não têm de pagar prémios... mas só aos jogadores). Porém, no Sport Lisboa e Benfica, temos de estar (ou ser) primeiros em tudo. Em campo, no rinque e fora deles.


Esta direção e alguns dos seus órgãos sociais têm feito um bom trabalho, mas isso ainda não chega. No Sport Lisboa e Benfica não basta ser bom, temos de ser os melhores, de ser exemplares e de ser infalíveis. Temos de ganhar com valores inquestionáveis, exatamente os mesmos princípios que vestimos com esta camisola vermelha desde 28 de fevereiro de 1904.


Neste momento, ainda falta a revisão estatutária (processo iniciado em 2021 e com entrega de documento em 2022); a auditoria forense (processo da mesma altura); o afastamento daqueles que estiveram ligados de forma negativa ao nosso passado recente. E falta desbravar mais caminho para o futuro, quer seja através da modernização tecnológica, quer daquilo que mais importa: comunicação.


Trabalhar para o Sport Lisboa e Benfica é pôr os interesses do clube acima de tudo e de todos. É compreender que os sócios e adeptos são o nosso maior “ativo” (gostaram desta palavra?). Os clientes vão e vêm ao ritmo das melhores ofertas de negócio ou do balançar das redes mas, os adeptos, os adeptos são outra coisa. Os nossos adeptos são tudo.


O benfiquista faz quilómetros fora de horas para ver o seu clube (quando é que vamos defender os nossos destes horários vergonhosos?);

O benfiquista conta dinheiro para pagar bilhetes a preço de final da Champions (até quando vamos deixar que isto aconteça?);

O benfiquista sofre para comprar bilhetes no site (até quando vamos continuar a usar o mesmo modelo falhado, parece a lotaria de Natal?);

O benfiquista apoia o clube em pavilhões com condições vergonhosas (quando é que vamos defender as mesmas regras para todos?);

O benfiquista aparece numa Assembleia Geral a uma quinta-feira à noite (quando é que vamos perceber que há quem trabalhe cedo na manhã seguinte?);

O benfiquista defende o clube nas redes sociais (quando é que vamos ter uma comunicação mais ativa e positiva?);

O verdadeiro adepto benfiquista até sabe o resultado do Benfica-Vizela de 1984/85 (porque só nós amamos o clube assim e ganhamos horas a analisar cada minuto da nossa História gloriosa).


La Palisse disse um dia que ser do Benfica é a melhor sensação do mundo. Aceito que seja uma fake news, os tempos são esses e as redes sociais estão cheias de bots — agora temos menos, coincidência?) e fontanários, mas mesmo na maior mentira existem coisas inegáveis:


Tudo fica mais bonito quando o Sport Lisboa e Benfica ganha. As janelas enchem-se da cor papoila: para mim, é a cor mais bonita. As ruas inundam-se de sorrisos de pessoas felizes (exceto quando a polícia intervém e corre com todos à bastonada. Também temos de falar sobre isto um dia). Até a economia cresce porque o Benfica é um mundo.


E tudo isto acontece de forma orgânica. Este é o meu último reparo: é assim que devia ser. A festa tem de ser nossa porque o clube é nosso e há-de ser. Devolvam-nos a possibilidade de estar junto dos nossos jogadores. Devolvam-nos a essência do jogo. Devolvam-nos a festa. Se o fizerem, garanto que Quem ama o Benfica é amado por nós.


Hoje e sempre, de muitos, um.

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